Já são 11 municípios associados com projeto em andamento
A atual situação do lixo nos municípios está em pauta. Esta questão tem se tornado cada vez mais prioridade e tem ganhado atenção dos nossos representantes. No Oeste Paulista, por exemplo, os municípios têm se reunido para progredir nesta questão. Isso acontece por meio do Cirsop, o Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista, que é gerido por repasses proporcionais dos municípios associados e tem como objetivo concretizar o projeto de criação de um aterro sanitário regional.
O investimento de cada Prefeitura é realizado de acordo com a quantidade de lixo que cada município irá descartar. Agora, são 11 os municípios participantes: Presidente Prudente, Rancharia, Paraguaçu Paulista, Álvares Machado, Presidente Bernardes, Santo Anastácio, Santo Expedito, Martinópolis, Marília, Caiabu e Regente Feijó.
As prefeituras contam com o apoio da Cetesb, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, que apresentou o Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos Sólidos, que faz o mapeamento e monitoramento da gestão dos restos de RCD (resíduos de construção e demolição) rastreando etapas que vão da geração ao transporte, até o descarte.
Para o prefeito de Presidente Prudente, Nelson Bugalho, a adesão ao Consórcio veio para impactar positivamente todos os municípios. “Não é obrigatório dar uma solução consociada para a questão de resíduos, mas isso diminui os custos da operação para os municípios, porque a partir do momento que temos maior volume de resíduos, conseguimos criar soluções economicamente mais viáveis para a destinação final desses resíduos”.
Atualmente Presidente Prudente conta com um vazadouro com características de aterro, mas, ainda segundo o prefeito Nelson Bugalho, o plano para a implantação do aterro sanitário na região vem sendo discutido nas reuniões do Cirsop. “O Consórcio que nós criamos está numa fase agora de elaboração do plano regional de resíduos sólidos, esse plano é indispensável para que possamos ver quais medidas os municípios deverão adotar”.
Para execução do mesmo, o coordenador das equipes da Unesp, o professor doutor Fernando Sérgio Okimoto, conta que estarão envolvidos mais de 20 pessoas, sendo sete professores, bem como graduandos, mestrandos e alunos recém-formados em engenharias Ambiental e Cartográfica, Arquitetura e Urbanismo, Geografia, entre outras.
“Essas medidas são pra ontem, elas são pra já, estamos buscando meio e alternativas para solucionar as exigências”
Marco Rocha – Prefeito de Regente Feijó
A gestão dos resíduos sólidos urbanos exige investimentos em infraestrutura física, profissionais, equipamentos, materiais e recursos financeiros, sendo um desafio muito grande para a maioria das prefeituras municipais. “Assim, atuarem em consórcio intermunicipal, como no caso do CIRSOP, constitui uma alternativa relevante e prática para os municípios, podendo resolver problemas comuns. A união dos municípios em consórcios, como estabelecido no Plano Estadual de Resíduos Sólidos, é necessária para viabilizar a gestão sustentável dos resíduos sólidos, propiciando escala de atuação para que novas soluções tecnológicas e inovações sejam debatidas, aprovadas e executadas”, explica o professor doutor em geografia, Antonio Cezar Leal.
Regente Feijó é o mais recente município a aderir ao Consórcio e o prefeito Marco Rocha já destaca a importância do Cirsop para a construção do aterro sanitário em nossa região: “Os municípios por si só não têm condições de implantar uma estrutura para atender as exigências legais, portanto estamos buscando o consórcio para conseguirmos fazer a estrutura necessária que a legislação pede e melhor atender a população e sempre pensando no meio ambiente”. E ainda acrescenta: “Essas medidas são pra ontem, elas são pra já, estamos buscando meio e alternativas para solucionar as exigências”.
Há muito trabalho a ser feito ainda para a gestão sustentável dos resíduos sólidos nos municípios, mas o caminho já percorrido demonstra que a sociedade regional está buscando o rumo certo para resolver efetivamente esse grave problema da vida em sociedade.
Vantagens do aterro sanitário
• Reduz o impacto ambiental de materiais não recicláveis
• Diminui a liberação de gases poluentes na atmosfeira
• Pode gerar energia renovável (biogás)