O Agro é o grande motor da economia brasileira: essa constatação não dá pra negar. O agro é responsável por colocar comida na mesa não só dos brasileiros, mas de pessoas do mundo inteiro.
Segundo levantamento da CNA, o Brasil é hoje o maior exportador de açúcar, café, suco de laranja, soja em grãos, carnes bovina e de frango; o terceiro maior de milho, e o quarto de carne suína. É também o maior produtor mundial de soja em grãos, café, suco de laranja e açúcar; o segundo de carnes bovina e terceiro de frango; e o terceiro na produção mundial de milho. Dessa forma, o Brasil vem se consolidando como um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo.
Mesmo com a recessão econômica decorrente da pandemia de COVID-19, observamos crescimento do PIB Agro, parcela do nosso Produto Interno Bruto correspondente ao Agronegócio, chegando a mais de R$2 trilhões.
Com técnicas de produção cada vez mais modernas e tecnológicas, o agro brasileiro mostra que ainda tem significativo potencial de crescimento. Para isso, no entanto, se faz necessário tornar as tecnologias digitais mais acessíveis.
A conectividade no campo é evidenciada como um dos principais fatores de transformação no setor. Dados recentes da EMBRAPA mostram que 84% dos produtores utilizam alguma tecnologia digital, enquanto apenas 30% das propriedades estão conectadas.
Para alavancar esses números, o Congresso Nacional trabalhou fortemente na aprovação da Nova Lei do Fust. O PL 1481/2007, transformado na Lei 14.109, de 16 de dezembro de 2020, foi um trabalho a quatro mãos, conduzido pelo deputado Zé Silva (MG) e relatado por nosso mandato na Câmara. O objetivo: destravar recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, que chegou a ter R$20 bilhões engessados para uso em telefonia fixa, para que serem investidos em conectividade no campo e nas escolas, principalmente em zona rural.
Ao todo, foram 12 anos de debate até que o projeto fosse aprovado na Câmara e mais um ano no Senado. O resultado é motivo de comemoração: acesso facilitado a investimentos por pequenos produtores e cooperativas, por exemplo, que permitirão uma realidade cada vez mais comum de tratores autônomos, drones, maquinário em rede sem fio e ferramentas de supervisão da produção à distância.
O que faltava para esses avanços se concretizarem era a formalização do Conselho Gestor do Fust. No fim de março deste ano, o Governo editou um decreto determinando a indicação dos seus membros. O prazo se encerra nesta segunda, 11/04. A partir de sua formação, o Conselho deverá se reunir, no mínimo, de 4 em 4 meses para deliberar sobre os projetos de investimento.
Estamos prestes a ver uma das principais potências do agronegócio mundial crescer ainda mais, com uma combinação de modernização e inclusão social jamais vistas.